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Acolhimento

Pela a Psicóloga Tais Dalla Vecchia

Receber o diagnóstico de uma doença é uma experiência emocionalmente impactante, que pode gerar medo, insegurança e sofrimento, independentemente da gravidade do quadro. O acolhimento psicológico nesse momento é fundamental para ajudar o paciente a compreender e lidar com as emoções despertadas pela nova realidade.

No caso do câncer de pele, embora o sofrimento emocional possa ser, em geral, menos intenso do que em outros tipos de câncer, como o de pulmão ou fígado, ainda assim o diagnóstico pode causar ansiedade, tristeza e medo, especialmente em situações de descoberta tardia, como no melanoma. Nessas circunstâncias, a agressividade do tratamento e a incerteza aumentam a carga emocional.

A desinformação também exerce grande influência sobre o bem-estar psicológico do paciente. A ausência de informações claras ou a presença de dados incorretos pode gerar medo do desconhecido, sentimentos de culpa, negligência dos sintomas e impactos negativos na autoestima, principalmente quando há alterações na aparência física. Fantasias sobre a doença ou o tratamento, sejam otimistas ou catastróficas, afetam diretamente a forma como o paciente lida com o diagnóstico.

O papel do psicólogo é oferecer um espaço de escuta qualificada, sem julgamentos, onde o paciente possa falar livremente sobre sua dor e seus medos. Esse acolhimento humanizado permite que o paciente enfrente a situação com maior segurança emocional. Além disso, o apoio psicológico deve ser estendido aos familiares e promovido como forma de prevenção e cuidado contínuo com a saúde mental.

Por fim, é essencial que profissionais da saúde atuem em rede, reconhecendo o sofrimento emocional dos pacientes e encaminhando-os ao suporte psicológico adequado. Ampliar o acesso a psicólogos nos serviços públicos e reforçar a presença da psicologia nos espaços de saúde contribui para uma abordagem mais humana, ética e completa no tratamento de qualquer doença.

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