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Em Carlos Barbosa

Em Carlos Barbosa, a agricultura é a principal atividade econômica, conduzida principalmente por colonos e agricultores que dedicam seu dia a dia ao trabalho no campo. Embora sejam fundamentais para o desenvolvimento da região, muitos deles ainda têm pouco acesso a informações sobre saúde, especialmente sobre o câncer de pele.

No Brasil, o câncer de pele representa cerca de 30% de todos os tumores malignos. Os tipos não melanoma, mais comuns, surgem em aproximadamente 90% dos casos nas áreas do corpo mais expostas ao sol. A região Sul, onde está localizado o município, apresenta índices ainda mais altos: no Paraná, por exemplo, a incidência do câncer de pele não melanoma chega a 107,8 casos por 100 mil habitantes/ano entre homens e 83,3 por 100 mil entre mulheres.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trabalhar ao ar livre pode aumentar em até 60% o risco de desenvolver câncer de pele não melanoma. No entanto, estudos mostram que apenas 4,7% dos trabalhadores agrícolas utilizam protetor solar de forma regular. Na prática, a falta de hábitos preventivos, associada à dificuldade de acesso a informações e serviços médicos, aumenta a chance de a doença ser descoberta apenas em estágios mais avançados.

Essa realidade evidencia a necessidade urgente de campanhas de conscientização voltadas para as comunidades rurais, com orientações sobre o uso diário de protetor solar, chapéus de aba larga, roupas adequadas e exames dermatológicos regulares. Proteger a saúde da população que trabalha no campo é também garantir a continuidade e a força da agricultura em Carlos Barbosa.

Fonte: Pinterest

A rotina no campo e a importância da prevenção ao câncer de pele

Foi entrevistada a agricultora e moradora da área rural, Cleiva Kurmann Troes, com o objetivo de conhecer a rotina de trabalho no campo, marcada pela constante exposição ao sol, e verificar se o município onde reside oferece ações de apoio e prevenção.

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Fonte: Cleiva Kurmann Troes

Onde em suas respostas

A rotina dos agricultores começa cedo, por volta das 5h, e se estende até o fim da tarde, com atividades que demandam intenso esforço físico e longa exposição ao sol, seja em lavouras abertas ou em estufas. Para reduzir os riscos, parte dos trabalhadores utiliza protetor solar, roupas de manga comprida, chapéus, bonés, óculos escuros e, em alguns casos, luvas.

 

Em Carlos Barbosa, a prefeitura distribui gratuitamente kits de protetor solar para agricultores e, em parceria com a Emater, já promoveu ações de conscientização sobre os riscos da radiação solar. Apesar disso, o câncer de pele permanece próximo à realidade das famílias rurais. A entrevistada, agricultora Cleiva Kurmann Troes, relatou que já houve dois casos de melanoma em sua família, sendo um grave, com metástase e necessidade de cirurgias e imunoterapia, além de outros parentes que precisaram retirar manchas e passar por tratamentos.

 

Cleiva defende a ampliação de campanhas educativas, especialmente para idosos, maior divulgação sobre a distribuição de protetor solar, acesso facilitado a consultas médicas e atendimento especializado nas comunidades rurais. Para ela, essas medidas são fundamentais para identificar precocemente alterações na pele e proteger a saúde dos trabalhadores do campo.

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